Professores criam ‘cortina’ para poder abraçar os alunos durante a pandemia, em Goiânia

Estrutura é feita com plástico transparente e cano PVC e permite que eles possam matar saudade neste período de isolamento social provocado pelo coronavírus.

Professores de uma escola criaram uma estrutura para poder abraçar os alunos durante este período de isolamento social provocado pelo coronavírus, em Goiânia. O gesto de carinho acontece por meio da “cortina de abraço”, feita com plástico transparente e cano PVC. A expectativa do colégio é promover encontros assim com pelo menos 400 estudantes.

Parte das visitas aconteceu na tarde da última quinta-feira (21), em comemoração ao Dia Nacional do Abraço, celebrado no dia seguinte. Até o momento, a iniciativa já alcançou 80 alunos, todos do 1º ano do ensino fundamental do Colégio Princípios. De acordo com o diretor da unidade, Weverton Guimarães, todos os anos a escola faz uma mobilização nesta data, pois as professoras ficam na porta recebendo as famílias com abraço.

“A ideia foi manter vínculos e nos aproximar dos alunos da forma que a gente sempre se aproxima aqui na escola, que é com muito amor, muito carinho”, disse o diretor.

Ainda segundo o colégio, a “cortina” foi feita pensando nos cuidados necessários para evitar a disseminação do novo vírus. Para ser usada, ela passa por um processo de desinfecção dos dois lados. Para completar, as duas pessoas que forem se abraçar precisam usar luvas descartáveis.

“As nossas crianças estavam sentindo falta do nosso aconchego diário. Decidimos inovar e comemorar o Dia do Abraço de uma forma muito especial”, disse coordenadora da escola, Gisele Leandro Lopes.

O estudante Enzo Oliveira, de 6 anos, cursa o 1º ano do ensino fundamental e estava no meio de uma aula online quando a visita chegou. Ele afirma que gostou da surpresa.

“Eu estou com muita saudade. Antes, eu não gostava tanto da escola. Agora, eu tenho que pedir a Deus que esse coronavírus vá embora”, disse o garoto.

Mãe do Enzo, Rafaela Oliveira disse que ficou emocionada com a ideia. “A gente está passando por um momento muito frio, muito distante, e eu fiquei muito emocionada, chorei demais. Achei maravilhoso”, disse.

Para a professora Jayane Figueredo, que visitou Enzo, o abraço fez tão bem para ela, quanto para ele. “É maravilhoso poder ouvir a voz das crianças, vê-los responder quando a gente pergunta”, contou a professora.

Por Danielle Oliveira

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Fonte: G1

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