Feito com tubos de PVC, “sussurrofone” estimula leitura de estudantes

Telefones de brinquedo, construídos de forma artesanal com tubos de PVC, estão sendo usados na Escola Municipal Ivaiporã, no bairro Pinheirinho, para fazer com que os estudantes leiam mais e melhor. É o “sussurrofone”, desenvolvido pela professora Eliana Campestrini Karam para desenvolver a consciência fonológica, melhorar a pronúncia das palavras e a fluência nos textos.

Telefones de brinquedo, construídos de forma artesanal com tubos de PVC, estão sendo usados na Escola Municipal Ivaiporã, no bairro Pinheirinho, para fazer com que os estudantes 

O aparelho faz com que a criança ouça a própria voz em forma de sussurro, favorecendo o reconhecimento fonológico de letras e palavras. A ideia é fruto de uma pesquisa para ampliar as possibilidades de leitura e escrita e fazer com que os estudantes vençam as dificuldades e evoluam no trabalho textual.

O sussurrofone tem funções semelhantes a um telefone. A criança fala por um lado e ouve pela outra ponta. Com aproximadamente dez centímetros, o objeto foi confeccionado pela professora com tubos retos no centro e em curvatura nas pontas. Com esse recurso o estudante consegue fazer o reconhecimento sonoro e relacioná-lo à escrita.

O recurso está sendo aplicado na turma do 3ª ano do ensino fundamental e proporciona um ambiente de letramento, de imersão e diálogo criativo com a cultura escrita. Neste ambiente, a criança é o alvo de interesse, pesquisa e de muitas reflexões.

“O uso do sussurrofone criou um novo contexto para a aprendizagem da leitura e da escrita. Brincando, os estudantes têm experimentado situações que valorizam as linguagens e as culturas infantis”, explica a professora.

Propostas de leitura

O projeto inclui ainda um trabalho intenso de letramento com textos de gêneros diversos e propostas de leitura e compreensão. “Encontrando motivação para alcançar melhores desempenhos a criança identifica suas dificuldades e desenvolve autonomia e caminhos para vencê-las”, garante Eliana.

Depois de iniciar as atividades com o sussurrofone, o desempenho dos estudantes avançou tanto na leitura quanto na escrita. Alguns não tinham percepção sonora para diferenciar letras como o ‘b’ e ‘p’, por exemplo. Mas com o uso do telefone puderam perceber a troca e fazer a correção.

Disk Atenção

Iverson Silva, 7 anos, conta que o aparelho o ajuda a ficar atento ao som de cada letra, sílaba e palavra. “É assim, um disque atenção”, explica o garoto. “A professora fala a palavra e eu ligo pra mim e vejo que som da letra sai pra escrever direito”, explica Iverson.

A estudante Alexia Gislon, 8 anos, conta que a invenção facilita o aprendizado de forma divertida. “É bom para ler melhor e a gente se diverte com os amigos” falou a menina.

Fonte: Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba

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