É notória a importância dos produtos de PVC na Arquitetura e Construção Civil. Pode-se afirmar que hoje, cerca de 70% do PVC produzido mundialmente é utilizado nesses segmentos. Há algum tempo, quando se pensava em PVC logo vinha à cabeça de todos os tubos e conexões, ainda hoje as principais aplicações do PVC.
Mas é inegável que, em função de sua versatilidade, características e propriedades importantes como leveza, resistência, facilidade de manuseio e instalação, facilidade de higienização, isso sem contar que não propaga chamas, tem ótimo isolamento termoacústico, possui excelente custo-benefício, é durável e, ainda, reciclável, o PVC vem, cada dia mais, ganhando espaço e sendo utilizado como matéria prima em diversas outras aplicações, de diferentes exigências técnicas e estéticas. Só para citar alguns exemplos temos as janelas, telhas, forros, pisos, sistemas construtivos concreto/PVC, coberturas tensionadas, fios e cabos, eletrodutos, entre outros produtos.
A arquitetura é considerada a arte e o domínio do belo e tem em sua essência a busca das aspirações do homem quanto aos ambientes construídos nos quais ele vive. O arquiteto é como o Chef de cozinha: escolhe a melhor combinação de “ingredientes”, buscando aliar beleza, harmonia, conforto e praticidade na casa, escritório, edifício, indústria, ou em qualquer outro projeto.
O PVC tem se tornado ao longo dos anos uma das melhores opções para projetos arquitetônicos, acompanhando as mais importantes tendências de modernização. Arquitetos como André Sá e escritórios como Francisco Mota Arquitetos aplicaram esquadrias em PVC em projetos de hotelaria na Costa do Sauipe, com alto grau de eficiência e beleza. Macary, Zublèna, Regenbal e Costantini, responsáveis pelo projeto do Le Stade de France, em Saint-Denis, onde foi realizada a final da Copa do Mundo de 1998, usaram cobertura de PVC no teto elíptico de cerca de 60 mil m2 do estádio. Nas Olimpíadas de Londres de 2012, cerca de 140 mil m2 de PVC foram utilizados em produtos como coberturas tensionadas, tubos, cabos, entre outros. A biblioteca de São Paulo, no Parque da Juventude, recebeu, recentemente, nova cobertura tensionada de PVC de 1.700 m2, em projeto da Pitomba Arquitetura.
São muitos os exemplos de eficiência do PVC aplicado à arquitetura. Isso sem falar em outro ponto essencial: o seu viés sustentável. Desde a sua origem – o PVC é composto 57% cloro, derivado do cloreto de sódio ou sal de cozinha, e 43% etileno – até o final de sua vida útil, quando pode ser reutilizado e reciclado, o PVC se apresenta como uma opção ecoeficiente. Foi o que constatou um estudo realizado pela Fundação Espaço Eco (FEE) para o Instituto Brasileiro do PVC, que comparou janelas brancas de PVC com janelas brancas de alumínio e verificou que a janela de PVC apresenta melhor desempenho ambiental em 10 das 11 categorias analisadas, com destaque no consumo de energia.
A contribuição do Instituto Brasileiro do PVC se dá no sentido de levar todas essas informações sobre o produto, suas características e benefícios à diante. Uma das formas de fazermos isso é por meio da cadeira sobre as aplicações de PVC, no curso de extensão “Arquitetura e Construção: Materiais, Produtos e Aplicações”. Esse curso vem sendo aplicado em Instituições de Ensino como como Centro Universitário Belas Artes, Universidade São Judas Tadeu, Universidade Presbiteriana Mackenzie (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU) e Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC).
Acreditamos que dialogar com a sociedade e unir a educação catedrática às inovações da cadeia produtiva do PVC são importantes passos para que o uso do PVC seja o mais adequado, promovendo ainda mais a sua demanda em função de seus benefícios.
Imagem: Pitomba Arquitetura
Por Miguel Bahiense
Miguel Bahiense é graduado em Eng. Química (UFRJ), pós-graduado em Comunicação Empresarial (FAAP-SP) e é presidente do Instituto Brasileiro do PVC