Resinas

MITO – O PVC é tóxico. 

FATO – O PVC é um produto inerte, atóxico e seguro. 

Sua principal matéria-prima é o sal marinho, recurso inesgotável na natureza. Cerca de 57% da resina de PVC, em peso, têm origem nesta matéria-prima. Os 43% restantes correspondem ao petróleo que, inclusive, pode ser substituídos pelo eteno, produzido a partir da cana de açúcar, permitindo que a resina seja derivada de matérias-primas 100% inesgotáveis. 

O PVC é utilizado em segmentos sensíveis e que têm a segurança como fator fundamental, como na fabricação de tubos e conexões para o transporte de água potável, embalagens de alimentos e remédios, além de ser o plástico mais utilizado na área médica. 

Um dos materiais mais estudados em todo o mundo, o PVC tem aprovação de uso por entidades reguladoras do setor de saúde, como a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde, FDA – Administração Federal de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos, Farmacopeia Europeia, dentre outros.

MITO – Monocloreto de vinila (MVC) é tóxico, comprometendo a saúde das pessoas que trabalham nas empresas fabricantes de PVC e dos consumidores finais devido ao contato com produtos de PVC.

FATO – MVC é a unidade funcional que dá origem ao PVC, como pode ser visto em detalhes em “O que é o PVC”. Nos anos 70, descobriu-se que o MVC tem potencial cancerígeno. A partir daí diversas ações foram tomadas pelos fabricantes de PVC no sentido de garantir a segurança de seus colaboradores. 

No passado, a limpeza dos reatores – equipamento onde ocorre o processo de polimerização – era feita manualmente. Operários entravam no reator para limpar o local. Com a descoberta sobre a carcinogicidade do MVC, o processo de fabricação do PVC passou a ser totalmente fechado, ou seja, a limpeza não é mais feita como antigamente e os operários não têm contato com o MVC. 

Os processos produtivos da indústria do PVC são, ainda, regulamentados mundialmente e seguem severas legislações, como por exemplo, a OSHA (Occupational Safety & Health Administration) dos Estados Unidos, cuja missão é impedir a ocorrência de acidentes e doenças em ambientes de trabalho através da aplicação de normas de segurança e saúde no trabalho.

Os produtores de matérias-primas e resinas de PVC são signatários do programa Atuação Responsável®, versão brasileira do Responsible Care®, adotado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), desenvolvido para promover o aperfeiçoamento da gestão das empresas químicas brasileiras e de sua cadeia de valor, de forma a assegurar a sua sustentabilidade, bem como contribuir para a permanente melhoria da qualidade de vida da sociedade.

Não há qualquer possibilidade de consumidores finais serem contaminados com MVC pelo contato direto com produtos de PVC, já que a quantidade de MVC residual da resina de PVC fabricada é estritamente controlada.

MITO – Dioxinas são formadas na produção do PVC

FATO – As dioxinas englobam um grupo de substâncias orgânicas cloradas com estruturas químicas semelhantes, conhecidas por causarem câncer, doenças de pele e danificar o sistema imunológico, entre outros efeitos nocivos. Essas substâncias se bioacumulam, são tóxicas em baixos níveis e não se degradam facilmente.

Elas são formadas como subprodutos não intencionais de processos industriais que contêm cloro, ou da queima de materiais com cloro. Assim, tanto atividades humanas quanto naturais contribuem para as emissões de dioxinas. Dentre as ações humanas: produção industrial, incineração de resíduos ou até mesmo queima de lenha. Dentre as atividades naturais: incêndios florestais, erupções de vulcões e outras atividades fora do domínio de ação humana.

Durante as décadas de 1980 e 1990, as dioxinas foram cada vez mais colocadas sob avaliações criteriosas. Os principais vilões foram as indústrias química e siderúrgica, além da incineração de resíduos da área médica e urbanos. Nessa época, o PVC foi apontado por alguns como o principal culpado pelas emissões principalmente porque como o PVC é rico em cloro, ele seria o principal emissor de dioxinas quando produzido e descartado. Além de totalmente equivocada, esse tipo de afirmação não tem base em qualquer estudo científico.

Desde que a emissão de dioxinas provenientes da produção industrial e da incineração de resíduos atingiu o pico na década de 1980, as autoridades e as indústrias mundiais adotaram medidas que levaram a diminuição drástica das emissões.

Um estudo [1], dentre muitos existentes, mostrou que a produção do PVC e a emissão de dioxinas não têm qualquer relação. De acordo com o gráfico abaixo, é possível observar que, nos Estados Unidos, enquanto a produção do MVC (monômero para a obtenção do PVC) triplicou em 30 anos, a quantidade de dioxinas naquele país caiu à metade no mesmo período.

Na União Europeia, as emissões industriais foram reduzidas até 90% desde a década de 1980.

Conforme já mencionado é importante observar que as dioxinas não se formam somente devido a processos industriais, mas também por processos naturais, que não foram criados pelo homem, como incêndios florestais, erupções vulcânicas, entre outros. Embora existam processos industriais geradores de dioxinas, estes não são os principais emissores, conforme pode ser visto na figura abaixo.

De acordo com o gráfico do U.S. Environmental Protection Agency (EPA) é possível verificar que as fontes industriais respondem por 15% da emissão de dioxinas, sendo que nestes estão incluídos diversos processos e a fabricação de produtos químicos responde por apenas 1% do total.

No Brasil, os resultados do Inventário Nacional de Fontes e Estimativa de Emissões de Dioxinas e Furanos[2], realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, comprovam que o PVC não é protagonista em emissões de dioxinas. O relatório constatou que a contribuição da cadeia, no que tange à produção do EDC/MVC/PVC, foi de apenas 0,33% do total de emissões identificadas.

Os processos produtivos da indústria do PVC são regulamentados mundialmente e seguem severas legislações, como por exemplo, a OSHA (Occupational Safety & Health Administration) dos Estados Unidos, cuja missão é impedir a ocorrência de acidentes e doenças em ambientes de trabalho através da aplicação de normas de segurança e saúde no trabalho. Assim o sistema de produção do PVC é um dos mais eficientes e este fato é reconhecido por autoridades ambientalistas e químicas de vários países. Regulamentações do mesmo tipo são seguidas na produção da resina no nosso país.

Além disso, os produtores de matérias-primas e resinas de PVC no Brasil são signatários do programa Atuação Responsável®, adotado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) e desenvolvido para promover o aperfeiçoamento da gestão das empresas químicas brasileiras e de sua cadeia de valor, de forma a assegurar a sua sustentabilidade, bem como contribuir para a permanente melhoria da qualidade de vida da sociedade.

[1] Sediment D/F; Hagenmaier and Walczok, Organohalogen Compounds 28, 101 (1996); VCM production: Chemical Manufacturers Association, 1996.

[2] MMA. Inventário Nacional de fontes e esƟmaƟva de emissões de dioxinas e furanos: Brasil POPs: Plano Nacional de Implementação Convenção de Estocolmo. Brasília: MMA, 2013. 188 p.