Vivemos globalmente tempos de quarentena em função da pandemia do coronavírus e todas as nossas atenções estão voltadas à prevenção e contenção do contágio e à preservação da saúde das pessoas.
Nesse cenário, a cadeia produtiva do PVC tem dado sua contribuição, a partir de seus desenvolvimentos e tecnologia agregada, para que a área médica em todos os seus aspectos (equipamentos médico-hospitalares e arquitetura) esteja adequadamente servida em termos de segurança para atuar no combate do vírus e no atendimento da população.
O uso do PVC na área médica não é uma novidade e a quantidade de aplicações só cresce a partir de novos desenvolvimentos dessa cadeia produtiva. Mais de 35% dos equipamentos plásticos utilizados na área médica são de PVC. Isso se dá pelas características do material, como a versatilidade, que permite que o PVC se adapte às exigências específicas do uso a que se destina (transparência, flexibilidade, rigidez, resistência etc).
A confiabilidade também é importante e se reflete, por exemplo, quando encontramos o produto sendo usado na proteção de medicamentos sensíveis contra umidade, odores e oxidação, ou na embalagem de soro fisiológico e sangue com segurança para armazenagem e transporte. Órgãos de controle, como a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Ministério da Saúde, o FDA – Administração Federal de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos, a Farmacopeia Europeia, entre outros, aprovam o uso do PVC para tais finalidades.
A segurança é outra característica importante para o uso do PVC na medicina. A alta transparência do produto permite saber com precisão o que se passa dentro de um sistema, como a formação de bolhas de ar, entupimentos ou incrustrações. Por ser inerte, também é um dos materiais que apresenta maior resistência aos métodos de esterilização (vaporização, óxido de etileno ou raios gama).
Com tudo isso, hoje os produtos de PVC são encontrados entre os equipamentos de atendimento, tais como bolsas de sangue e soro, cânulas, sondas etc; entre os equipamentos médicos, como aventais, luvas cirúrgicas, botas, entre outros; nos equipamentos estruturais, como protetores de travesseiros e de colchões, cortinas de isolamento e até mesmo nos balões de isolamento; assim como na arquitetura hospitalar, como em salas limpas: pisos sem emendas para evitar contaminação, perfis (chamados de bate-macas), revestimentos de parede, entre outros.
Vivemos tempos peculiares, em que a presença da cadeia produtiva do PVC, mais do que nunca, cumpre seu papel de servir a população com soluções altamente seguras e eficientes, a partir dos investimentos constantes em pesquisa e desenvolvimento.
Por Miguel Bahiense – Presidente do Instituto Brasileiro do PVC
Fonte: Plástico Moderno