A estrutura é importante, pois é vedada e impede a propagação do coronavírus
O engenheiro arquitetônico Gregory Quinn possui projetos de grande impacto social. Em 2017, ele desenvolveu o SheltAir, um abrigo para refugiados. Com estrutura para receber mais de uma família, graça às soluções de ventilação e de iluminação propostas.
Recentemente, Quinn revisitou o projeto para adaptá-lo à pandemia que assola o mundo. Desta vez, o SheltAir surge com metragens reduzidas, já que a ideia é isolar os pacientes infectados com coronavírus.
O abrigo é formado por uma estrutura de hastes de plástico que é montada no solo plano, para em seguida ser inflado, como uma almofada gigante, e transformado em uma espécie de casa oval de tecido de poliéster revestida com PVC. O esquelelo da SheltAir é superleve, mas resistente, o que facilita o transporte e a montagem de apenas oito horas.
O diferencial é que a estrutura é completamente selada, o que é crucial para conter a propagação do Covid-19. Além de ser de fácil limpeza e higienização, o espaço interior oferece sensação de bem-estar, já que possui iluminação e ventilação natural, o que também pode ser uma grande ajuda na recuperação dos pacientes. Ainda assim, a estrutura tem espaço para um sistema que filtrar o ar para conter as gotículas infectadas.
O projeto foi repassado às entidades públicas para avaliar sua implementação na luta contra o coronavírus. “É realmente difícil inovar em termos de design de abrigo e resposta a desastres, porque quando a crise atinge as pessoas, é necessário responder rapidamente e seguir a solução mais prontamente disponível”, explicou. “A pandemia de coronavírus é uma crise única porque está acontecendo em todos os lugares. Cada país está sendo afetado a uma taxa diferente, e em um momento diferente. O que oferece a chance de criarmos uma abordagem mais ponderada”, finaliza.
Por Julyana Oliveira
Fonte: Casa Vogue