Análise de Ecoeficiência de Janelas recebe premiação da Fiesp

Realizado em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Natal (RN), o estudo comprova os benefícios da janela de PVC.

No dia 8 de junho, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) realizou a entrega do 22º Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental, pelo qual a Análise de Ecoeficiência de Janelas, realizada pela Fundação Espaço ECO® (FEE®) para o Instituto do PVC, recebeu a menção honrosa na categoria micro e pequenas empresas.

O Prêmio reconhece e homenageia as empresas industriais, extrativas, manufatureiras ou agroindustriais, que se destacaram e trouxeram resultados significativos na implementação de projetos ambientais no estado de São Paulo. Ao todo foram 56 projetos, inscritos por 46 empresas, que foram avaliados por 14 membros de instituições como CETESB, USP, UNICAMP, BNDES, Associação Nacional das Águas, IBAMA, entre outras.

Trata-se da primeira análise de ecoeficiência de um produto de PVC realizado no país e compara aspectos ambientais e econômicos de janelas brancas de PVC e janelas brancas de alumínio.

O estudo contemplou a produção, montagem, instalação, uso (com e sem ar condicionado), manutenção e destinação final dos produtos. Foram consideradas variações térmicas diferentes, em cidades como São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Natal (RN) e em diferentes horários: comercial e residencial.

Os resultados mostraram que a janela de PVC é mais ecoeficiente que a janela de alumínio. Na avaliação das 11 categorias analisadas, a janela de PVC apresentou melhor desempenho em 10, se destacando principalmente na categoria Consumo de Energia, Consumo de Recursos e Potencial de Toxicidade.

Segundo Miguel Bahiense, presidente do Instituto do PVC, o reconhecimento nos mostra a importância desse tipo de informação para o planejamento das obras. “A partir da informação técnica e científica, a população pode tomar a melhor decisão sobre os produtos utilizados no dia a dia e obter o melhor benefício”, afirma o executivo.

Detalhamento do estudo – Na vertente ambiental, a janela de PVC teve melhor desempenho na categoria Consumo de Energia, que tem a maior relevância no estudo, de 31%. Dentre os pontos que contribuíram para esse resultado está o desempenho positivo (eficiência energética) para o conforto térmico, quase duas vezes superior ao da janela de alumínio. No processo de produção, a janela de PVC apresenta consumo de energia 2,3 vezes menor em relação à produção da janela de alumínio. Na montagem, foi observada vantagem da alternativa em PVC por não precisar de pintura, visto que é naturalmente branca, ao contrário da de alumínio que precisa de pintura eletrostática, processo que consome muita energia elétrica.

“Exemplificando, tomando como base resultados obtidos no estudo, a economia de energia obtida durante um ano com a instalação de uma janela de PVC, em detrimento a uma de alumínio, em habitações que possuem ar condicionado, em todo o Brasil, seria equivalente ao consumo de 415.776 casas durante um ano”, comenta Bahiense. “Se considerarmos o uso de seis janelas de PVC a economia obtida seria equivalente ao consumo de 2.494.656 casas em um ano. É um grande ganho ambiental”, completa.

Na categoria Consumo de Recursos, que tem 22% de relevância no estudo, o PVC também teve o melhor desempenho, principalmente na fase de produção das esquadrias, na qual o consumo de recursos da opção em alumínio é 4,9 vezes maior em relação ao PVC.

Potencial de Toxicidade é a terceira categoria com maior relevância (18%) e mais uma na qual a janela de PVC se sobressai, apresentando duas vezes menos pontos de toxicidade que a janela de alumínio. Já no quesito Potencial de Doenças Ocupacionais e Acidentes que tem 14% de relevância para o estudo, o PVC também se saiu melhor, principalmente nas fases de produção, montagem e manutenção.

O PVC se apresentou mais ecoeficiente ainda devido a sua baixa Emissão de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, menor Potencial de Aquecimento Global e Acidificação, baixo Uso da Terra e Potencial de Formação Fotoquímica de Ozônio. Dentre as categorias ambientais o alumínio só se sobressai em Potencial de Depleção da Camada de Ozônio, categoria que tem a menor relevância do estudo, 0,3%.

Na avaliação do impacto econômico, observou-se o preço de mercado mais elevado das janelas de PVC (em média R$ 407 mais cara que a janela de alumínio). Entretanto, essa variação inicial se dilui durante o tempo de uso do produto, devido à melhor eficiência da janela de PVC em relação ao isolamento térmico, ou seja, o PVC faz com que a troca de calor entre ambientes interno e externo de uma edificação seja menor. Com isso, o consumo energético seja para refrigerar ou aquecer um ambiente, é reduzido, ao longo do tempo, com o uso de janelas de PVC. Na simulação de 40 anos do estudo, a diferença inicial de preço de mercado diminui para R$ 142,13. “Na medida em que os benefícios das janelas de PVC se tornarem mais conhecidos pela população e profissionais da área, sua demanda tende a crescer e, consequentemente, o produto se tornará mais barato aumentando sua competitividade”, afirma Miguel Bahiense. 

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